terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Marceneiro larga profissão e lucra até R$ 800 ao mês vendendo água no RN

Aldo Dantas deixou de ser marceneiro para trabalhar como entregador de água em Carnaúba dos Dantas, RN (Foto: Anderson Barbosa/G1)Aldo Dantas deixou de ser marceneiro para trabalhar como entregador de água (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Enquanto a maior parte da população sofre com a falta de água nas cidades que estão com colapso no abastecimento no Rio Grande do Norte, alguns habitantes lucram. São pessoas como Aldo Aires Dantas, de 35 anos, que viu uma oportunidade de mudar de profissão em um momento de crise nos municípios atingidos pela seca. Morador de Carnaúba dos Dantas, cidade a 207 quilômetros de Natal, deixou há dois anos a marcenaria, que exercia desde a adolescência, e virou vendedor de água.
"Vi que as pessoas tinham dificuldade de comprar água potável. Faz tempo que não chega água pela rede de abastecimento da Caern e resolvi começar a comprar água mineral de Natal para revender aqui", disse.
Aguá servida para os moradores de Carnaúba dos Dantas, no Seridó do RN, é esverdeada e cheira mau (Foto: Anderson Barbosa/G1)Aguá servida na cidade é esverdeada e cheira mau,
segundo moradora (Foto: Anderson Barbosa/G1)
O Rio Grande do Norte enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos, com estiagem que já dura mais de um ano em diversos municípios, segundo avaliação do governo estadual. A falta de água mudou a rotina de milhares de famílias carentes do sertão, que são obrigadas a gastar boa parte do dinheiro que recebem de programas sociais para poder beber, cozinhar e tomar banho
Aldo tinha uma moto e investiu cerca de R$ 300 para adaptar um reboque no veículo. "Foi quando comecei a vender a água vinda de Natal. Abasteço um tanque em casa e redistribuo aqui em Carnaúba. Na parte central da cidade, vendo uma carrada de 240 litros por R$ 18. Na zona rural, mais afastada, a mesma quantidade sai por R$ 23".
Antes como marceneiro, recebia um salário mínimo. Com os descontos, ficava com cerca de R$ 500 [...] Hoje, fico com R$ 800 por mês, já descontado o que gasto com a gasolina da moto"
Aldo Aires Dantas, vendedor de água
MAPA SECA RIO GRANDE DO NORTE (2/12) (Foto: Editoria de Arte/G1)
Com esses valores, Aldo diz que chega a lucrar R$ 800 por mês. "Antes como marceneiro, recebia um salário mínimo. Com os descontos, ficava com cerca de R$ 500. Além disso, era empregado e tinha que dar satisfação aos meus chefes. Hoje, fico com R$ 800 por mês, já descontado o que gasto com a gasolina da moto", destacou. Continue lendo...

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