quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Polícia Federal aponta segundo escalão do ‘quadrilhão’ do PMDB


Além de classificar de ‘longa manus’ o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, a Polícia Federal detalhou o que chama de segundo escalão que atuaria a serviço do presidente Michel Temer no ‘quadrilhão’ do PMDB na Câmara. Em relatório levado ao Supremo Tribunal Federal, a PF atribui R$ 31,5 milhões em ‘vantagens indevidas’ ao peemedebista e o coloca em posição central nas teias dos supostos esquemas peemedebistas.

Foram indicados pela PF como nomes que participaram da organização criminosa, pela ramificação do PMDB da Câmara: o presidente Michel Temer, os ex-presidentes da Casa Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, e ainda Geddel, Moreira Franco e Eliseu Padilha. A corporação os aponta como o primeiro escalão dos esquemas.

O relatório tem como base delações da Odebrecht, da J&F e do corretor Lúcio Funaro e mensagens apreendidas no celular do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado a 15 anos e quatro meses de prisão na Lava Jato e aliado histórico do presidente.

Abaixo dos caciques peemedebistas, a teia da Polícia Federal se expande em torno do presidente e, em posição considerada hierarquicamente menos relevante no ‘quadrilhão’, ‘orbitam’ e ‘executam decisões’ do primeiro escalão parlamentares e assessores.

Quatro integrantes do suposto segundo escalão são ex-assessores e homens de confiança do presidente.

Um deles é Rodrigo Rocha Loures, da mala dos R$ 500 mil da JBS, acusado de interferir junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em benefício do grupo em troca de propinas semanais dos delatores do grupo. Outro é Nelson Tadeu Fillipelli, alvo da Operação Panatenaico por supostos desvios na construção do estádio Mané Garrincha, para a Copa/2014.

O deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que foi assessor especial de Temer, acusado pelo doleiro Lúcio Funaro de receber R$ 2 milhões para beneficiar a OAS comMedidas Provisórias, em 2014, e delatado pela Odebrecht como recebedor de R$ 10 milhões para apoiar o ‘Projeto Madeira’, em Rondônia, também integra o segundo escalão do ‘quadrilhão’, segundo a PF.

Outro aliado do presidente que a PF incluiu no segundo escalão é o ex-assessor José Yunes, investigado por suposto recebimento de R$ 10 milhões, a pedido de Eliseu Padilha, da Odebrecht.

O doleiro Lúcio Funaro diz, em delação, ter operacionalizado os valores e alegou ter deixado R$ 1 milhão no escritório de advocacia de Yunes a pedido de Geddel.

Indicado por Temer ao Ministério da Agricultura em 2013, Antônio Eustáquio Andrade Ferreira é apontado como outro político peemedebista com posição de destaque no ‘quadrilhão’. Ele é delatado pela JBS e por Funaro pelo supostorecebimento de R$ 7 milhões em troca da edição de atos normativos na pasta.

O irmão de Geddel, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA), também foi incluído no segundo escalão. De acordo com a PF, recaem sobre ele investigações em torno da Medida Provisória nº 600/2012, em benefício de construtoras em suposto acerto feito entre a OAS e Eduardo Cunha.

Na delação da Odebrecht, ele é citado como receptor de R$ 1 milhão como contrapartida a aprovação de leis favoráveis aos interesses da empreiteira.

Lúcio ainda aparece nessa teia do segundo escalão, que ‘orbita’ a um raio um pouco mais longo de Temer, em razão do depoimento de Silvio Silveira, dono doapartamento onde ficava o bunker dos R$ 51 milhões atribuídos a Geddel.

SEgundo o empresário, ele teria emprestado o apartamento ao deputado no bairro da Graça, em Salvador, em nome de sua amizade, sob a justificativa de que Geddel guardaria lá bens do falecido pai. Até mesmo uma fatura em nome da empregada de Lúcio, Marinalva de Jesus, foi encontrada no apartamento. Continue lendo...
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